Adoyá

Na minha família sempre teve um forte sicretismo religioso. Uma mistura mesmo. Todos batizados e casados na igreja, mas acreditando piamente em simpatias, benzimentos e leituras de sorte.

Muito misticismo rondou minha infãncia, adolescência e por que não a vida adulta.

Quando eu era criança, reveillon na praia tinha que ter o pulinho das sete ondas. A praia era aquela popular, em Santos ou Praia Grande, não sei bem, bem onde existe a estátua de iemanjá. Na casa da minha avó tinha um quadro lindo do Sagrado Coração de Jesus e um rosário grande, de madeira na parede. No outra sala um quadro de Iemanjá. ao

Nas penteadeiras das minhas tias, e mãe, e vizinha um perfume, acho que da Avon, era uma mini estátua de sereia, numa alusão incrível à essa entidade.

Iemanjá é uma mulher linda, vaidosa que mora no fundo do mar, seu reino. Gosta de ganhar presentes como perfumes, flores e jóias e bijuterias. Em troca protege os pescadores, o povo do mar e, por que não, todo nós.




Até hoje é impossível pra mim entrar no mar, sem me benzer com a água (o manto de iemanjá) e pedir permissão à rainha do mar